Cravo da índia
O cravo da índia é uma árvore nativa das ilhas Molucas, na Indonésia, pertencente a família das mirtáceas. Atualmente, é cultivado em outras regiões do mundo, como as ilhas de Madagascar e de Granada.
O botão de sua flor, seco, é utilizado como especiaria desde a Antiguidade na culinária e na fabricação de medicamentos. O seu óleo tem propriedades antissépticas, sendo bastante utilizado em odontologia.
Foi uma das especiarias mais valorizadas no mercado do início do século XVI; um quilo de cravo equivalia a sete gramas de ouro. A flor do craveiro é usada como tempero desde a Antiguidade: era uma das mercadorias entre as especiarias da China que motivaram inúmeras viagens de navegadores europeus para o continente asiático.
Na china, os cravos eram usados não só como condimento, mas também como antisséptico bucal: qualquer um com audiência com o imperador precisava mascar cravos para prevenir o mau hálito. Viajantes árabes já comercializavam cravos na Europa ainda no Império Romano.
Os principais consumidores de cravo, no mundo, são os habitantes da Indonésia, país responsável pelo consumo de mais de 50% da produção mundial. O cravo da índia inteiro contêm alto nível de óleo volátil, até 20% do seu peso, o que pode causar dificuldades na moagem.
O componente principal é o eugenol, presente em aproximadamente 70% a 90% do cravo inteiro. Três óleos essenciais podem ser extraídos dessa especiaria: óleo do botão, óleo do talo e óleo da folha do cravo da índia. Cada um possui uma composição química e sabor diferentes. O óleo do botão é o óleo essencial mais caro e de melhor qualidade.